Infelizmente o trauma de coluna vertebral acontece com certa frequência. Na maioria dos casos, são originários de acidentes de trânsito, quedas, mergulhos em águas sem grande profundidade ou ferimentos por arma de fogo.
Em geral, o trauma de coluna acomete mais os jovens, e que ainda estão em fase produtiva e totalmente ativos.
Um dos maiores problemas é que os tratamentos necessários para quem sofre um trauma de coluna, dependendo do caso, devem ser intensivos, multidisciplinares e nem sempre há disponibilidade, o que pode ocasionar grande sofrimento pessoal e dramas familiares graves.
Traumas de coluna podem resultar em lesões físicas importantes, provocar compressão ou fratura de uma ou mais vértebras, que podem levar como consequência, às lesões na medula espinhal, aumentando a probabilidade de o paciente ficar com déficit motor ou paralisia.
A coluna vertebral é composta de 33 vértebras:
Entre as vértebras, que são unidas por diversos ligamentos, existe um disco cartilaginoso que serve para reduzir eventuais impactos.
Através do canal existente dentro das vértebras, passa a medula espinhal, que transporta os comandos emitidos pelo cérebro para todos os órgãos e músculo do corpo humano.
Em termos mais leigos, quando se fala em trauma de coluna, consideramos que quanto mais acima for a lesão, pior pode ser as consequências para o paciente, ou seja, possivelmente será um caso mais grave.
Traumas de coluna podem significar sérias consequências. Qualquer tipo de lesão na região da coluna pode comprometer as suas funções, podendo incorrer ainda em graves problemas neurológicos.
Por conta disso, é extremamente importante uma avaliação minuciosa para determinar a extensão da lesão para poder diagnosticar corretamente o grau de comprometimento da coluna vertebral.
Como é sabido, em alguns casos, as lesões podem levar à tetraplegia, que são danos causados à medula espinhal que deixa o paciente incapaz de movimentar braços, troncos e pernas, isto é, tudo abaixo do pescoço. Nesse caso, até a respiração natural pode ficar comprometida.
Existe uma hipótese do trauma na coluna romper, destruir, pressionar ou dividir a circulação interna da medula espinhal, comprometendo a parte de baixo da lesão, e como resultado, comprometendo as funções nervosas e/ou musculares que são as responsáveis pelos movimentos nos seres humanos.
Veja três exemplos de como reage a coluna frente a impactos que podem levar às lesões, por consequência, trauma de coluna.
Se o trauma acontecer lateralmente, como por exemplo, em uma batida de carro lateral, a coluna pode ser que não suporte o impacto e a tendência é que ela se rompa.
O trauma que ocorre de baixo para cima, como por exemplo, uma queda sentada, faz com que o cóccix empurre todos os ossos para cima, podendo fazer a lesão tomar grandes proporções, inclusive em termos de drama quanto ao tratamento.
Caso o trauma ocorra de cima para baixo, como por exemplo, uma queda de cabeça para baixo ou um mergulho mal sucedido em águas rasas, a cabeça pode se angular em relação ao pescoço ou causar o achatamento das vértebras da região.
Onde o paciente é tratado com medicação e/ou uso de colete e reabilitação. Exige uma certa paciência e pode ser encaminhado para cirurgia caso não haja melhoras.
Usado em casos de fraturas instáveis visando a estabilização da lesão através da colocação de parafusos e hastes associados à colocação de enxerto ósseo, seguida de uma descompressão do canal vertebral, realizando uma fusão óssea do local que se encontrava instável.
Caso em que o corpo vertebral teve sérias consequências em razão do trauma, podendo ser substituído por um espaçador de metal ou um enxerto ósseo estrutural.
Esse procedimento visa dar mais estabilidade à coluna, e geralmente é feito associado a fixação de parafusos e haste nas vértebras.
Procedimentos que tem como função principal dar suporte estrutural, corrigir a deformidade e melhorar a dor causada pela fratura, caracterizado pela injeção de cimento ortopédico no interior do corpo fraturado.
É um procedimento indicado para fraturas de baixa energia, onde não há tanta instabilidade, como é o caso de fraturas ocasionadas pela osteoporose.
Todo tratamento depende do grau da lesão, mas hoje em dia, com a medicina evoluindo muito, algumas lesões podem ter mais chances de serem tratadas.
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Dr. Fernando Sanchez é Médico Ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da USP e especialista em cirurgias e tratamentos específicos da coluna vertebral.
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